quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

II Parte O empresário português segundo Vasco Pulido Valente




II Parte
Os empresários portugueses não se dissociam do fundo cultural comum, e que é o seu campo de acção natural, em que o Estado predomina e impõe as suas regras, gerando por um lado o desejo de protecção, e por outro, o favorecimento do medo e a submissão. «O medo move a Confederação da Indústria Portuguesa como o último empregado do último serviço do mais miserável ministério. O santo medo do patrão que faz de Portugal este país pacífico e ordeiro que o mundo admira», escreveu Vasco Pulido Valente. Tudo isto faz dele um ser mítico, uma espécie de unicórnio: «Cavaco disse constantemente na campanha que a primeira preocupação dele seria ajudar, promover e proteger essa criatura mítica “o empresário moderno português”, que um dia nos tirará das garras da miséria». O drama nacional é que há uma associação virtuosa entre empresários e o desenvolvimento económico, tanto mais que este «depende muito pouco do Governo e quase tudo de empresários que não investem ou, quando investem, não investem como deviam. Como vai o Eng. Sócrates, por exemplo, arranjar empresários que não existem? O Presidente supunha que a sua presença bastaria para os fazer brotar como cogumelos».

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