Miguel
Pais do Amaral é um dos pioneiros em Portugal do denominado private equity e,
portanto, os seus princípios empresariais resultam de um outro tipo de
influências. Diz que vende os negócios quando considera que estes perderam o
potencial de crescimento ou que há outros mais atractivos desse ponto de vista.
Confessa: “eu não estou nesta vida por razões sentimentais. Estou aqui com um
objectivo: criação de valor. Quando se está num sector que cresce, óptimo;
quando o sector deixa
de crescer, é sair para entrar noutro”. No entanto, não há um pensamento
elaborado sobre esta arte de bem vender, apesar de haver quem defenda que o
paradigma histórico de gestão portuguesa seja mais a do “comerciante” do que a
do gestor ou empreendedor. Assim, o nosso arquétipo empresarial seria o
inspirado na personagem do Tintin de Hergé, Oliveira da Figueira, que surgiu em
Os Charutos do Faraó e Tintim no País do Ouro Negro. O que nos daria excelentes
qualificações para vender e não seria tão mau como parece nos tempos que
correm. Mas é uma arte bem mais difícil de dominar do que parece. Como diz
Belmiro de Azevedo é mais fácil produzir do que vender.
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