sábado, 26 de janeiro de 2013

Em crise os gestores são todos iguais



Ivan Cavallari, antigo bailarino e actual director artístico do Ballet da Ópera du Rhin, disse ao Público que o bailado contemporâneo “se dança no chão e o clássico se dança no céu” e parece um excelente resumo de um programa de gestão de uma empresa em tempos de crise profunda e sem fim à vista, em que as linhas de resistência se sobrepõem às aberturas para o amanhã. Hoje os gestores actuam de olhos postos no chão, porque, como dizia o slogan punk, parece que não há futuro, e o céu só serve para invocações e preces. Portanto, não é em tempos de crise que se vêem os bons gestores. Jorge Armindo, que geriu durante 20 anos do Grupo Amorim, reuniu Portucel e Soporcel, e hoje lidera a Amorim Turismo, não considera as crises como provas de fogo para os gestores e diz: “Cheguei a uma conclusão discutível mas considero que numa crise tão profunda como a que estamos a atravessar o que distingue um gestor de grande qualidade e um de média qualidade tende para zero, porque não se fazem omeletes sem ovos e nós estamos a ficar sem ovos. Há diferença apenas na fase inicial, em que o bom gestor é mais rápido a tomar as medidas e outros demoram mais tempo. Mas o verdadeiro potencial do gestor está a ser muito limitado pela crise”.

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