terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os 10 mandamentos de gestão de Carlos Slim


As regras de gestão valem o que valem e nem sempre o que se escreve é a prática corrente como os velhos Dez Mandamentos ilustram. Mas podem servir como utensílios de pensamento, como ponto de partida para uma reflexão mais profunda, o que é importante sobretudo quando a gestão é, por essência, a arte de decidir assunto por assunto numa espécie de salto de pedra em pedra numa aparente dispersão sem sentido: mas é a conclusão destas tarefas que dá sentido ao conjunto. Por isso pensar e ter ideias claras permite dar ao conjunto uma direcção e um caminho e não apenas pedalar pela força da inércia.
O empresário mexicano Carlos Slim, que é também o homem mais rico do Mundo segundo a revista Forbes tem um decálogo que resume muitas das suas decisões e da forma com organizou o seu grupo de empresas. Claro que seu sucesso se deve muito a sua argúcia mas também teve a asa protectora do Estado que permitiu que em alguns sectores actuasse em regime de quase monopólio. O seu Grupo Carso tem hoje uma multiplicidade de investimentos e como dizia recentemente um gestor de fundos do Grupo Financiero Interacciones, Alejandro Hernande: “Ele nunca fez com que um investimento falhasse. É alguém que sempre que atira acerta no alvo”.

O decálogo de Carlos Slim
1 Ter estruturas organizacionais simples com níveis hierárquicos mínimos, recursos humanos com qualificação e com formação nas funções executivas. 
2 Flexibilidade e rapidez nas decisões. Operar com as vantagens da empresa pequena que são as vantagens que tornam grandes as empresas.
3 Manter a austeridade em tempos de vacas gordas fortalece, capitaliza e acelera o desenvolvimento da empresa, ao mesmo tempo que evita os amargos ajustes drásticos nas épocas de crises.
4 Ser sempre activos na modernização, no crescimento, na capacitação, na qualidade, na simplificação e na melhoria incansável dos processos produtivos. Incrementar a produtividade, a competitividade, e reduzir despesas guiados sempre pelas melhores referências mundiais.
5 A empresa nunca deve limitar-se à medida da ambição do proprietário ou do administrador. Não nos sentirmos grandes nos nossos pequenos cantinhos. 
 No há repto que não possamos atingir trabalhando unidos na clareza de objectivos e conhecendo os instrumentos e recursos disponíveis.
Fazer o mínimo investimento em activos não produtivos. O dinheiro que sai da empresa evapora-se. Por isso reinvestimos os excedentes em utilities.
8 A criatividade empresarial não se aplica apenas aos negócios, mas é também às soluções de muitos dos problemas dos nossos países; o que fazemos através das fundações do grupo.
9 O optimismo firme e paciente sempre rende os seus frutos. Todos os tempos são bons para quem sabem trabalhar e têm com que fazê-lo.
10 A nossa premissa é e sempre foi a de que há que ter sempre presente que na morte partimos sem nada; que só podemos fazer as coisas em vida e que o empresário é só, temporalmente, um criador de riqueza.

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