António
Champalimaud, o grande empresário português, e Ricardo Espírito Santo Salgado,
líder do BES, já utilizaram, em circunstâncias diferentes mas com os mesmos
objectivos (justificar uma venda…), uma frase idêntica: «na vida, tudo se
compra e tudo se vende, menos a honra».
Por
sua vez, Belmiro de Azevedo, que também tem a sua faceta de comerciante, gosta
de realçar a importância e a dificuldade da venda. Costuma dizer: «aprende‑se
muito a vender, porque vender é muito mais difícil do que produzir». Joe Berardo
é mais directo quando diz que «comprar caro, vender barato e casar teso é uma
coisa que qualquer um sabe fazer». Tal como José Sousa Cintra, que nos últimos
anos parece não ter seguido o seu próprio conselho: «se comprar bem é mais
fácil vender». António Horta Osório é mais analítico e defende que «para fazermos
bem o comercial e o marketing, temos de fazer bem as contas».
Depois
há algumas variações interessantes que merecem alguma
reflexão.
Fernando Guedes, o empresário que pegou no Mateus Rosé (que o pai lançou por
todo o mundo) e fez da Sogrape a grande empresa de vinhos portuguesa, diz «não
queremos vender muito, queremos vender bem», enquanto o empresário de novas
tecnologias, Paulo Rosado, ilustra um outro aspecto na área comercial e que é a
importância da segunda venda: «é muito mais fácil vender a um segundo cliente
do que ao primeiro. A primeira venda requer network ou encontrar alguém visionário
e que esteja na disposição de apostar».
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