Bill
Fischer é professor do IMD na Suíça que tem alguns conselhos a dar à forma como
se f Bill Fischer é professor do IMD na Suíça que tem alguns conselhos a dar à
forma como se fazem equipas para projectos de inovação e cuja base é a
criatividade, organização e capacidade de execução. O seu conselho de base é:
“parta de uma boa equipe e dê uma ordem clara de mudar o mundo”.
I.“Escolha as melhores pessoas possíveis, não
as melhores pessoas disponíveis”
Segundo
Bill Fischer as competências necessárias para o projecto devem estar
identificadas antes de pensar e iniciar a constituição da equipa e deve-se
evitar o processo de candidatura para participar no projecto. Como diz Bill
Fischer, “ao lançar mão de pessoas sem as habilidades necessárias, o projecto
já falha antes mesmo de ter começado”, diz. Por isso aconselha que haja o maior
diálogo possível para conhecer e compreender as habilidades e as competências
do capital humano e para depois conhecer melhor a equipa.
II.
“Quanto mais competências diferentes e
variadas estiverem na equipa, mais eficiente será a equipa de um projecto
inovador que propõe uma grande mudança”.
O
primeiro passo é saber se vai pedir à equipa de inovação como objectivo
estratégico um processo de inovação incremental ou disruptivo. Porque é este
ponto de partida que vai condicionar a formação da equipa pois há competências
e habilitações diferentes nos dois casos. Por exemplo, uma equipa pode ser
excelente a desenvolver excelentes soluções e iniciativas mas não ser capaz de
propor a revolução dos negócios da empresa. E Bill Fischer diz que “uma equipa
harmoniosa acaba por funcionar melhor em mudanças incrementais”. Mas para um
projecto disruptivo é vital a diversidade na equipa de projecto.
III. “Manter
ideias em movimento é melhor que mantê-las apressadas.”
Uma
questão, sempre complexa, decorre do equilíbrio entre o tempo de execução e o
tempo para o fluxo de ideias e Bill Fischer aconselha a que se executem os
projectos em vez de estar à espera da ideia perfeita e deixar passar o tempo
sem aplicar as novas ideias. Porém, é fundamental manter as equipas de projecto
de inovação sem o peso da ansiedade para que as ideias fluam e a equipa tenha a
possibilidade de testar e apreender com os processos de aplicação das ideias
geradas. E a pressa é inimiga da inovação e a falta de avaliação e controlo o
pecado capital. Segundo Bill Fischer, é fundamental avaliar os projectos
enquanto eles acontecem, corrigindo as rotas e aprendendo com os processos.
“Quando o processo não é monitorizada, não se conseguem antecipar os problemas
que podem surgir”.
IV. “As
organizações não devem ter medo de partilhar as suas ideias.”
Os
projectos de inovação não nascem em bunkers com equipas isoladas do mundo e do
fragor da vida. Por isso as fronteiras das empresas devem estar abertas e ser
porosas. “As empresas sempre procuram se resolver os seus problemas sozinhas,
mas a conversa com pessoas do mesmo meio, que entendem de assuntos que se podem
agregar aos projectos abre muitas possibilidades”, afirma Bill Fischer. Esta
abertura ao exterior pode também contribuir para atrair talentos.
V. “Todos os
detalhes do contexto devem ser avaliados.”
Depois,
como já dizia o ditado, o Diabo está nos detalhes e quando se está a
desenvolver processo de inovação os detalhes são cruciais. Por exemplo, o local
de reuniões deve estimular o processo criativo e a espontaneidade de quem cria.
“As ideias são o coração das inovações, mas geralmente não criamos a
infra-estrutura necessária para elas fluírem.”
Com
base em
Bárbara
Ladeia, Como construir a equipe dos sonhos para a inovação, Exame-Brasil.
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