"Hoje
temos pouca indústria, muito pouca indústria com serviços e tecnologia
incorporados. O futuro passa por aí. Sectores tradicionais têm um potencial de
crescimento de 1, 2 ou 3% ao ano e mais pelo valor do que pela quantidade.
Temos
insuficiências. Baixas qualificações, ligações precárias entre a investigação e
a aplicação, não sabemos desenhar os sistemas de incentivos. Não conseguimos
fechar o círculo. Será um problema de cultura? Certo é que há falta de novas
empresas na área das novas tecnologias. Por isso acho que é importante atrair
investimento estrangeiro. Não temos uma classe empresarial, em termos de massa
crítica, suficiente para induzir um crescimento significativo. Precisávamos de
mais dez mil empresas como as melhores que já temos".
Alberto Castro, professor da Universidade Católica do Porto num inquérito feito pelo jornal Público sobre a reindustrialização de Portugal
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