sexta-feira, 1 de março de 2013

Três momentos chave na vida de Steve Jobs


Num discurso feito aos estudantes de Stanford a 12 de Junho de 2005 na Califórnia, Steve Jobs falou dos três momentos chave da sua vida.

Porque é que deixou a Universidade
“Deixei os estudos no Reed College ao fim de seis meses, tendo ficado durante mais 18 meses como estudante livre antes de abandonar para sempre.
Não tinha nenhuma ideia do que queria fazer na vida e não imaginava como é que a universidade me ajudaria a encontrar o meu caminho. Foi uma decisão arriscada mas retrospectivamente é uma das melhores escolhas que já fiz. A partir do momento em que desisti abandonei as matérias obrigatórias que me entediavam para seguir os cursos que me interessavam / como o de caligrafia/. Se não tivesse seguido este curso na universidade, o Mac não teria a variedade de tipos de caracteres nem de espaçamentos proporcionais. Como o Windows se limitou a copiar o Mac, é provável que nenhum ordenador pessoal dispusesse dessa oferta. O essencial é acreditar em qualquer coisa – o vosso destino, a vossa vida, o vosso karma, pouco importa. Esta atitude sempre funcionou comigo e regeu a minha vida.

Porque é que a sua saída forçada da Apple foi salutar
“Esta segunda história tem a ver com a paixão e o fracasso. Tinha 20 anos quando Woz (Steve Wozniak) e eu fundamos a Apple na garagem dos meus pais. Trabalhámos muito e, dez anos depois, Apple era uma empresa com mais de 4 mil empregados e o volume de negócios atingia os 2 mil milhões de dólares. Tínhamos um ano antes de lançado a nossa mais bela criação, o Macintosh, e eu acabava de fazer trinta anos. Foi então que fui substituído.
Fiquei vários meses sem saber o que fazer. Tinha a sensação de ter traído a geração que me tinha precedido – de ter deixado cair o testemunho no momento em que mo passavam. Foi um fiasco público e pensei mesmo em fugir de Silicon Valley. Pouco a pouco compreendi uma coisa – gostei sempre do que fazia. O que me sucedera na Apple não mudara nada. Decidi começar do zero.
Não me dei logo conta mas a minha saída forçada da Apple foi salutar. O peso do sucesso deu lugar à ligeireza do principiante, a uma visão menos segura das coisas. Uma liberdade graças à qual conhecei um dos períodos mais criativos da minha vida.
Durante os cinco anos seguintes, criei uma empresa chamada NeXT e uma outra chamada Pixar /que se fundiu com a Disney/. Esta, que iria logo a seguir produzir o primeiro filme de animação em três dimensões, Toy Story, é hoje a primeira empresa mundial a utilizar esta tecnologia. Por um conjunto de circunstâncias a Apple comprou a NeXT e regressei à Apple e a tecnologia que desenvolvemos no NeXT é hoje a chave do renascimento da Apple.
Por vezes a vida dá-nos uma pancada na cabeça. Não nos podemos deixar abater. Estou convencido que foi o amor pelo que fazia que me permitiu continuar. É preciso descobrir o que gostamos e de quem gostamos. O trabalho ocupa uma grande parte da nossa existência e a única maneira de ser plenamente satisfeito é apreciar o que se faz. Se não continuem a procurar. Não baixem os braços.

Porque é que a morte era a melhor coisa da vida
Tinha 17 anos quando li uma citação que diz mais ou menos isto: “Se vivermos cada dia como se fosse o último, acabamos por um dia termos razão”. Ter na cabeça que posso morrer foi a descoberta mais eficaz para me ajudar a tomar decisões importantes. Porque quase tudo – tudo o que nos espera no exterior, as nossa vaidades e os nossos orgulhos, os nossos medos do fracasso –se apaga diante da morte não deixando senão o essencial. Recordar-se que a morte virá um dia é o melhor modo de evitar a armadilha que consiste em crer que se tem alguma coisa a perder. Estamos nus. Não há nenhuma razão para não seguir o coração.

1 comentário:

  1. Sabendo que contestar Steve Jobs é suicidio, será mais matreiro, identificar os pontos aonde ele foi mundano e banal para provar que qualquer um de nós, teve, tem ou terá a oportunidade de viver situações semelhantes à dele, sem no entanto, ter o mesmo resultado pecuniário.
    Como qualquer um dos nossos pais nos ensinou, devemos ser competentes no que fazemos. Devemos acreditar em nós e esforçar-mo-nos. Steve para além deste género de pais, teve uma garagem.
    O que Steve teve e pessoalmente, nunca li qualquer bibliografia dele, foi pouca aversão ao risco. Por exemplo, se eu tivesse largado os estudos, para não fazer nada, teria seguramente dificuldades de sobrevivência. Teria que ir trabalhar para as "obras", problemas com a GNR, todos os dias e provávelmente seria um emigrante na Suíça.Poderia acreditar em quem quisesse inclusivé em mim, mas o resultado seria muito por este cenário.
    Ou seja o ambiente social e familiar do Steve foi importante.
    Segundo elemento que foi entendido como catapulatdor foi a personalidade de lutador, de competidor em qualquer fase. Reparem que ele nunca trabalhou sózinho. E trabalhou sempre com companheiros resilientes e inteligentes.
    E a personalidade cada um tem a sua.
    O terceiro elemento fundamental é que a personalidade dele é a de Racional.
    Analisa o meio ambiente, localiza-se, planeia e actua, não deixando de listar as restrições.
    Mas, continuo a achar que Steve foi Steve porque vivia nos EUA. Na Europa ou no Japão, os Steve's têm outras barreiras.
    E o nosso desafio é esse ... Não nos concentrarmos em copiar, mas sim em inovar. Sem desistirmos.
    E trabalhar em equipa...

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