“Após quatro anos e meio intensos e maravilhosos como
CEO do Groupon, decidi passar mais tempo com minha família. Estou a brincar -
fui demitido hoje” assim começava a cara de despedida de Andrew Mason, CEO do
Groupon, que segue as pisadas de Steve Jobs que também foi despedido da empresa
que fundara a Apple. Andrew Mason brincava com a desculpa cliché – “estar mais tempo
com a família” usada na saída de executivos das empresas, nos últimos anos.
Na sua carta Andrew Mason assume a responsabilidade
pelos erros cometidos. “Como CEO, sou o responsável”. Numa cópia da sua carta
que circula com os comentários de Marc Andreessen e Ben Horowitz, de uma empresa de venture capital, estes dizem: “não é o CEO que faz
tudo, mas é sempre o CEO que falha”.
Andrew Mason aproveita também para dar espaço de
mobilização e de esperança ao seu sucessor tentando levantar o moral dos trabalhadores
do Groupon. Escreveu: “estão a fazer coisas fantásticas no Groupon, e merecem
que o mundo vos dê uma segunda oportunidade. Um novo CEO irá garantir-vos essa
segunda oportunidade. A administração está alinhada com estratégia que partilhamos
durante os últimos meses, e eu nunca vos vi, como agora, a trabalhar juntos tão
eficientemente como empresa global - é hora de dar ao Groupon uma válvula de
escape ao ruído da opinião pública”. E terminava com um hino ao foco no cliente
e sobre o valor da intuição: “O meu maior arrependimento foi ter deixado que os
dados substituíssem a minha intuição sobre o que seria melhor para o cliente”.
É disto a que por vezes me refiro. Identificação da culpa, responsabilização e penalização, com propostas de alternativas. No caso concreto, até surge uma afirmação que parece uma autocrítica budista, mas que pode ser apenas a de deitar as culpas aos "dados", leia-se indicadores estatísticos que se sobrepuseram à sua intuição.!! Viva a intuição !!? Será que devo acreditar ???Porque não é uma incapacidade na identificação das razões dos sucessivos erros ???
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