terça-feira, 19 de março de 2013

O Papa como CEO

Num artigo a jornalista Caitlin Kenney olha para a eleição do novo papa, Francisco, como se tratasse da escolha de um novo CEO pois vai liderar um império financeiro de biliões de dólares. É a Igreja vista como uma empresa. Depois de falar com vários especialistas e observadores da Igreja Católica, da gestão e religião, Caitlin Kenney chegou  a três ideias fortes.
1.    Em termos globais os empregados da Igreja estão nos sítios errados. Grande parte dos católicos está hoje na América Latina, Ásia e África, mas só conta com metade dos padres existentes. Se fosse uma empresa já teria havido uma maior transferência dos seus quadros.
2.    A Igreja não tira vantagens da sua dimensão. Como diz Chuck Zech, “no que se refere à fé e à moral, a Igreja é muito centralizada, muito hierárquica, mas nas questões temporais como as finanças e da gestão quotidiana cada diocese é muito independente. Em termos de gestão esta descentralização retira à Igreja economias de escala, sobretudo nas áreas da Saúde da Educação, como diz Kerry Robinson, director do National Leadership Roundtable on Church Management.
3.    Em termos de reporting financeiro a Igreja é uma confusão. Para Jim Post, professor de gestão da Universidade de Boston, “sem contabilidade organizada e transparência, há muitas dúvidas sobre como o dinheiro é gerido”, e se está a ser usado para os seus principais fins: dar de comer a quem tem fome, dar vestir a quem tem necessidade e a fornecer cuidados de saúde e educação a quem precisa. A Igreja já sofreu bastante com a falta de transparência como aconteceu recentemente com os vários casos de abusos sexuais, que causaram a erosão da confiança.

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