sábado, 29 de dezembro de 2012

Fabulário de gestão


Observações  em busca dos tipos ideais baseada no conhecimento sobre a forma como muitos gestores e empresários agem e lideram.

O gestor Humpty Dumpty - é o que, tal como a personagem em Alice no País das Maravilhas, tem como lemas: "Quando eu uso uma palavra quer dizer o que eu quero que diga"; "a questão é saber quem manda...e isso é tudo".
O gestor bárbaro ou Genghis Khan - há um modelo muito querido do chefe abrasivo, que grita, que fere, que se emociona, que se comove, mas é a pura expressão de comando, é o exercício do poder pelo poder. Está muito ligado com o medo, a instituição do medo e como escreveu alguém: "Gritar a um subordinado é entrar no terreno da barbárie."
O gestor orelhas grandes ou Dumbo - "Não creio que a necessidade de ser a força dominante se faça pelo facto de se falar logo no início ou falar mais do que os outros. Não é uma das minhas vantagens. Ouvir pode ser uma vantagem competitiva", dizia Kenneth Lewis. O empresário Manuel Bulhosa dizia: “Têm de estar sempre com os olhos e os ouvidos muito abertos”.
O empresário Greta Garbo - é o que gosta de usufruir da fama, mas que recusa a luz ou o centro do palco, mas, como se diz, nem sempre se pode ser mocho e borboleta ao mesmo tempo.
O gestor libertário - Oliviero Toscani marcou a publicidade da Benetton durante os anos 80 e 90 e costumava dizer que o artista ou o gestor para ser livre tem, antes de mais, de enriquecer o patrão ou os accionistas.
O empresário príncipe encantado - é o que de um dia para o outro se transforma, num golpe de sorte prodigioso, numa das referências do star-system empresarial, que o sociólogo alemão Marx Horkheimer já observava nos anos 40 do século passado nos Estados Unidos.
O gestor poeta - é um tipo ideal raro, mas Wallace Stevens, vice-presidente de Hartford Accident and Indemnity Company, escreveu num simples verso o cruzamento entre os dois mundos: “O dinheiro é uma forma de poesia”. Ah foi um grande poeta norte-americano.
O gestor espadachim ou Zorro é o que faz da gestão uma arte com bom senso e técnica, um pouco como a esgrima, mas sem o capacete.
O gestor Maria Madalena - Abílio Diniz,ex-accionista do Pão de Açúcar do Brasil, depois de um turnaround em que demitiu milhares de pessoas, concluiu: “Tirámos gente competente dos nossos quadros, o que não é bom, mas principalmente porque a maior parte delas saiu das lojas. Resultado: o nível do serviço, que é essencial para o sucesso de um negócio como o meu, desceu”.

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