No
que se refere à venda de empresas, não há um pensamento único. Se para o gestor
de empresas e herdeiro de empresas, Rui Moreira, o princípio, baseado na sua
própria experiência, é que «as empresas vendem‑se quando estão bem», há
muitos empresários, de António Champalimaud a João Pereira Coutinho, que diziam
que vender não está nas suas almas. Sublinhe-se, diziam que não gostavam de vender. Mas nestas coisas do universo dos negócios, a posição realista e mais pragmática (e mais característica do empresário) é a de Belmiro de Azevedo: «se houver aquela oferta que
não posso recusar, é mais fácil, porque não existem grandes considerações de
natureza emocional – gostar ou não gostar. Porque gostar de dinheiro, qualquer
empresário gosta». E é esta a sábia conclusão que interessa até porque António
Champalimaud vendeu o seu império quando chegou a hora e João Pereira Coutinho
não tem deixado de vender empresas e negócios que não lhe interessam ou que lhe
geram vultosas mais-valias.
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