Vidas
paralelas Os tele-vendedores
Um desenhou o objecto de
sucesso que hoje tanto o fustiga, o outro transformou uma empresa de
engenheiros numa empresa de serviços que agora todos os dias lhe tenta seduzir
a clientela. Mas até aqui chegarem os seus caminhos só se cruzaram na Portugal
Telecom incumbente e dominante que só a OPA da Sonae em 2007 veio a retalhar.
Um, Rodrigo Costa, sem curso superior, subiu a pulso e na sua ascensão
sucederam-se as escadas, uma a uma até chegar ao céu da Microsoft em Seattle.
Mas as saudades do bacalhau foram mais fortes e regressou a Portugal para do
gestor do macro grupo PT, onde se cruzou nos conselhos de administração com o que
é hoje o seu arqui-rival, Zeinal Bava. O outro estudou em Inglaterra e começou
no berço de ouro da banca de investimento para crescer numa das maiores
empresas portuguesas e se fazer gestor global a partir de Lisboa, talvez de um
grande grupo luso-brasileiro de telecomunicações. Um, Rodrigo Costa, que é um
falso bonacheirão, afirma-se como uma liderança pelo esforço e pela imaginação
pragmática; o outro, Zeinal Bava, com a sua simpatia de estilete, caracteriza-se
pelo carisma, pela capacidade de se relacionar e pela forma de se focar no
essencial. Ambos fazem das vendas, o core do seu negócio. São os tele-vendedores
mais bem-sucedidos das suas empresas.
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