sábado, 16 de fevereiro de 2013

Os tele-vendedores


Vidas paralelas Os tele-vendedores

Um desenhou o objecto de sucesso que hoje tanto o fustiga, o outro transformou uma empresa de engenheiros numa empresa de serviços que agora todos os dias lhe tenta seduzir a clientela. Mas até aqui chegarem os seus caminhos só se cruzaram na Portugal Telecom incumbente e dominante que só a OPA da Sonae em 2007 veio a retalhar. Um, Rodrigo Costa, sem curso superior, subiu a pulso e na sua ascensão sucederam-se as escadas, uma a uma até chegar ao céu da Microsoft em Seattle. Mas as saudades do bacalhau foram mais fortes e regressou a Portugal para do gestor do macro grupo PT, onde se cruzou nos conselhos de administração com o que é hoje o seu arqui-rival, Zeinal Bava. O outro estudou em Inglaterra e começou no berço de ouro da banca de investimento para crescer numa das maiores empresas portuguesas e se fazer gestor global a partir de Lisboa, talvez de um grande grupo luso-brasileiro de telecomunicações. Um, Rodrigo Costa, que é um falso bonacheirão, afirma-se como uma liderança pelo esforço e pela imaginação pragmática; o outro, Zeinal Bava, com a sua simpatia de estilete, caracteriza-se pelo carisma, pela capacidade de se relacionar e pela forma de se focar no essencial. Ambos fazem das vendas, o core do seu negócio. São os tele-vendedores mais bem-sucedidos das suas empresas.

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