Os
processos de sucessão, partilha, disputa de poder faziam muitas vezes das
empresas familiares palcos em que se actualizava a peça Rei Lear, de
Shakespeare, se renovava o bíblico Caim e Abel, em que a sucessão dava lugar a
episódios de intriga, de traição, de persuasão, de amor e de ódio. Mas cada vez
mais as empresas familiares procuram resolver as suas complexas relações entre
família, património e gestão através de acordos e protocolos que tipificam as
inúmeras situações e tentam regular os conflitos. Como grande parte das
empresas, desde o pequeno empresário em nome individual até alguns dos maiores
grupos portugueses e estrangeiros, são familiares, este é um problema fulcral
no mundo dos negócios. Como assinala Alexandre Dias da Cunha, professor da Nova
School of Business and Economics e responsável pela Nova Family Business
Initiative, “a verdade é que entre as grandes empresas portuguesas as empresas
familiares têm um peso determinante. Se olharmos, por exemplo, para o PSI-20,
cerca de metade das empresas são empresas familiares”.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Guerra e paz nas empresas familiares I
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