segunda-feira, 25 de novembro de 2013

3 perguntas a Paulo Rosado, CEO da Outsystems

Disse numa entrevista: “andamos sempre em contraciclo da indústria”. Em que se baseiam para funcionar assim? Por feeling?
As decisões estratégicas são tomadas tendo em vista objectivos de médio/longo prazo. Entram em conta com as tendências da indústria mas são fundamentalmente definidas pela visão que temos de como podemos crescer o mais rapidamente possível e como podemos ser os mais competitivos mundialmente. O comentário de contraciclo apareceu como prova desta visão: nós prevemos a recessão em Portugal há muitos anos e tomámos nessa altura uma série de decisões que não eram não óbvias mas hoje nos dão uma solidez e independência da situação económica nacional.

O que é que precisam para se transformarem numa mega-corporação?
Fundamentalmente precisamos de tempo. Temos todas as peças no lugar para que possamos acelerar o crescimento. Estamos muito sólidos financeiramente, temos um conjunto de colaboradores extraordinários, uma tecnologia das melhores no mundo e estamos num segmento da indústria que está a crescer a rácios de 30% anuais. Mas precisamos de aumentar a visibilidade da nossa marca mundialmente e há ainda muito trabalho a fazer para assegurar que conseguimos crescer rápido em todos países em que temos operações e nos novos territórios onde estamos a entrar.

O que é que distingue a Outsystems dos seus concorrentes?
A cultura de qualidade e ambição a nível mundial. Nós não nos contentamos em ser os melhores. Queremos ser sempre melhores hoje do que fomos ontem. Quando detectamos que não fazemos algo bem as nossas referências passam a ser aqueles que são melhores que nós e quando atingimos o seu nível, o que invariavelmente acontece, continuamos a melhorar em relação a nós próprios. O conceito de descansar à sombra dos louros adquiridos é tabu na OutSystems.


Texto publicado na edição do Jornal de Negócios no âmbito do Prémio Portugal PME a 30 de Outubro de 2013

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