Disse numa
entrevista: “andamos sempre em contraciclo da indústria”. Em que se baseiam
para funcionar assim? Por feeling?
As decisões estratégicas são tomadas tendo em
vista objectivos de médio/longo prazo. Entram em conta com as tendências da
indústria mas são fundamentalmente definidas pela visão que temos de como
podemos crescer o mais rapidamente possível e como podemos ser os mais
competitivos mundialmente. O comentário de contraciclo apareceu como prova
desta visão: nós prevemos a recessão em Portugal há muitos anos e tomámos nessa
altura uma série de decisões que não eram não óbvias mas hoje nos dão uma
solidez e independência da situação económica nacional.
O que é
que precisam para se transformarem numa mega-corporação?
Fundamentalmente precisamos de tempo. Temos
todas as peças no lugar para que possamos acelerar o crescimento. Estamos muito
sólidos financeiramente, temos um conjunto de colaboradores extraordinários,
uma tecnologia das melhores no mundo e estamos num segmento da indústria que
está a crescer a rácios de 30% anuais. Mas precisamos de aumentar a
visibilidade da nossa marca mundialmente e há ainda muito trabalho a fazer para
assegurar que conseguimos crescer rápido em todos países em que temos operações
e nos novos territórios onde estamos a entrar.
O que é
que distingue a Outsystems dos seus concorrentes?
A cultura de qualidade e ambição a nível
mundial. Nós não nos contentamos em ser os melhores. Queremos ser sempre
melhores hoje do que fomos ontem. Quando detectamos que não fazemos algo bem as
nossas referências passam a ser aqueles que são melhores que nós e quando
atingimos o seu nível, o que invariavelmente acontece, continuamos a melhorar
em relação a nós próprios. O conceito de descansar à sombra dos louros
adquiridos é tabu na OutSystems.
Texto publicado na edição do Jornal de Negócios no
âmbito do Prémio Portugal PME a 30 de Outubro de 2013
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