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BlackRock é um dos maiores fundos de investimento e há quem considera o seu
presidente, Larry Fink, um dos homens mais poderosos do mundo. Habituado a
fazer sugestões a governos, reguladores e banqueiros centrais decidiu desta vez
dirigir-se numa carta de 10 de abril de 2015 aos executivos das grandes multinacionais
(entre as quais algumas espanholas) em que os aconselha a “criar valor a longo
prazo” e a resistir às pressões para a gestão de curto prazo. “Refere ainda que
a sua lealdade e atenção deve estar focada nos accionistas de longo prazo e não
nos investidores especuladores que entram e saem das empresas. Diz inclusivamente
que devem resistir a todas as pressões para “aumentar dividendos ou recomprar
acções” e detrimento dos “investimentos em inovação, na formação dos recursos
humanos ou nos investimentos de capital que são necessários para manter o
crescimento de longo prazo” ou seja a resistir ao “fenómeno dos efeitos do
curto prazo”. Na sua opinião este radica na “proliferação activismo accionista
que busca retornos imediatos, na velocidade de circulação do capital, o ciclo noticioso
de 24h, e uma menor capacidade de atenção, e as políticas públicas não
encorajar o investimento verdadeiramente a longo prazo.
Refere que em 2014
se bateu o record de retribuição ao accionista e que esta política acaba por prejudicar
aos interesses não só dos que investem a pensar na sua reforma como da economia
mundial. Além disso, “com as taxas de juro próximas do zero, devolver uma quantidade
excessiva de capital aos investidores envia ume mensagem desalentadora acerca
da capacidade de uma empresa usar sabiamente os seus recursos e desenvolver um
plano de negócio”.
Deixa o alerta de que as gestoras de fundos devem
deixar de se limitar a participar nas assembleias gerais e a desenvolver
melhores práticas de governa das empresas e passar a influir na gestão das
empresas com o objectivo de incentivar estratégias de longo prazo: Remata
dizendo “que os líderes que seguirem este modelo podem contar com o nosso apoio”.
Os investimentos de 4,2 biliões de euros em todo o mundo dizem do seu poder.
http://economia.elpais.com/economia/2015/04/16/actualidad/1429204950_622343.html
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