segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Portugal

Portugal, e o português, é alternadamente rico e pobre, intuitivo e hábil em vez de metódico e persistente. Creio que a alternância de riqueza e pobreza bem se poderá chamar vocação para a ruína por oposição a uma vocação para o progresso que deve assentar numa linha de contínuo desenvolvimento.

Manuel Vinhas

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A formação dos empresários

É preciso que os empresários tenham a humildade de frequentarem os cursos: não adianta você mandar frequentar um curso aos seus subordinados, se depois você não compreender o que é que eles podem vir a fazer.

Alexandre Soares dos Santos

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Gestão e liderança segundo o Papa Francisco

Na sua entrevista à revista ‘La Civiltà Cattolica’, o Papa Francisco tem algumas reflexões que podem ser interessantes para os domínios da liderança e da gestão.

Divisa de Santo Inácio de Loyola: “Não estar constrangido pelo máximo, e no entanto, estar inteiramente contido no mínimo”
“Impressionou-me sempre uma máxima com que se descreve a visão de Inácio: Não estar constrangido pelo máximo, e no entanto, estar inteiramente contido no mínimo, isso é divino (Non coerceri a maximo, sed contineri a minimo divinum est). Reflecti muito sobre esta frase a propósito do governo, de ser superior: não estarmos restringidos pelo espaço maior, mas por sermos capazes de estar no espaço mais restrito. Esta virtude do grande e do pequeno é a magnanimidade, que da posição em que estamos nos faz olhar sempre o horizonte. É fazer as coisas pequenas de cada dia com o coração grande e aberto a Deus e aos outros. É valorizar as coisas pequenas no interior de grandes horizontes, os do Reino de Deus”.

A máxima de João XXIII: “ver tudo, não dar importância a muito, corrigir pouco”
“A seu modo, João XXIII colocou-se nesta posição de governo quando repetiu a máxima Omnia videre, multa dissimulare, pauca corrigere (ver tudo, não dar importância a muito, corrigir pouco) porque mesmo vendo a dimensão máxima, preferia agir sobre pouca, sobre uma dimensão mínima. Podem ter-se grandes projectos e realizá-los, agindo sobre poucas pequenas coisas. Ou podem usar-se meios fracos que se revelam mais eficazes do que os fortes, como diz São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios.

Mudanças e reformas
“Muitos, por exemplo, pensam que as mudanças e as reformas podem acontecer em pouco tempo. Eu creio que será sempre necessário tempo para lançar as bases de uma mudança verdadeira e eficaz. E este é o tempo do discernimento. E por vezes o discernimento, por seu lado, estimula a fazer depressa aquilo que inicialmente se pensava fazer depois.

Desconfiança da primeira decisão
Desconfio das decisões tomadas de modo repentino. Desconfio sempre da primeira decisão, isto é, da primeira coisa que me vem à cabeça fazer, se tenho de tomar uma decisão. Em geral, é a decisão errada. Tenho de esperar, avaliar interiormente, tomando o tempo necessário. A sabedoria do discernimento resgata a necessária ambiguidade da vida e faz encontrar os meios mais oportunos, que nem sempre se identificam com aquilo que parece grande ou forte”.

Gestão autoritária: “o meu modo autoritário de tomar decisões que criou problemas”
“O meu governo como jesuíta no início tinha muitos defeitos. Estávamos num tempo difícil para a Companhia: tinha desaparecido uma inteira geração de jesuítas. Por isto, vi-me nomeado provincial ainda muito jovem. Tinha 36 anos: uma loucura. Era preciso enfrentar situações difíceis, e eu tomava as decisões de modo brusco e individualista. Sim, devo acrescentar, no entanto, uma coisa: quando entrego uma coisa a uma pessoa, confio totalmente nessa pessoa. Terá que cometer um erro verdadeiramente grande para que eu a repreenda. Mas, apesar disto, as pessoas acabam por se cansar do autoritarismo. O meu modo autoritário e rápido de tomar decisões levou-me a ter sérios problemas e a ser acusado de ser ultraconservador. Vivi um tempo de grande crise interior quando estava em Córdoba. Claro, não, não sou certamente como a Beata Imelda, mas nunca fui de direita. Foi o meu modo autoritário de tomar decisões que criou problemas”.

Consultar para decidir
“Digo estas coisas como uma experiência de vida e para ajudar a compreender quais são os perigos. Com o tempo aprendi muitas coisas. O Senhor permitiu esta pedagogia de governo, mesmo através dos meus defeitos e dos meus pecados. Assim, como arcebispo de Buenos Aires, fazia cada 15 dias uma reunião com os seis bispos auxiliares e várias vezes por ano com o Conselho Presbiteral. Colocavam-se perguntas e abria-se espaço para a discussão. Isto ajudou-me muito a tomar as melhores decisões. E agora ouço algumas pessoas que me dizem: 'Não consulte demasiado e decida'. Acredito, no entanto, que a consulta é muito importante. Os consistórios e os sínodos são, por exemplo, lugares importantes para tornar verdadeira e activa esta consulta. É necessário torná-los, no entanto, menos rígidos na forma. Quero consultas reais, não formais. A consulta dos oito cardeais, este grupo outsider, não é uma decisão simplesmente minha, mas é fruto da vontade dos cardeais, tal como foi expressa nas Congregações Gerais antes do Conclave. E quero que seja uma consulta real, não formal.”

Pode ler a entrevista na íntegra em http://oglobo.globo.com/mundo/leia-na-integra-entrevista-do-papa-francisco-10035861#ixzz2ftNm28cL 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Acordos vs tribunais

Quando se vai para tribunais não sobra nada para ninguém. É preferível um mau acordo do que uma boa demanda.
Manuel Quintas

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Os 16 mandamentos de Bob Parsons

Bob Parsons fundou a Go Daddy, a maior empresa dos Estados Unidos no mercado de registo de domínios de internet e de hospedagem de páginas eletrónicas – e uma das três maiores do mundo, e está na lista dos mais ricos da Forbes.
1. Saia de sua zona de conforto “Nada de muito significativo acontece quando estamos em nossa zona de conforto”, diz Bob Parsons. “Quando me dizem ‘eu estou preocupado com a segurança’, eis minha resposta: “A segurança é para cadáveres”.
2. Nunca desista Como diz, “quase nada dá certo na primeira tentativa. Se tudo fosse fácil, todos estariam a fazer o que está tentar – e você não teria uma oportunidade”.
3. Quando estiver quase a desistir, estará mais perto do objectivo do que pensa Um ditado chinês citado por Parsons para ilustrar o tópico: “A tentação de parar será maior exactamente quando você estiver prestes a ter sucesso”.
4. Se tem uma preocupação, prepare-se para o pior, mas torne esse o ponto mais baixo “Meu pai me dizia no início, quando eu lutava para colocar de pé a Parsons Technology (primeira empresa criada por ele): ‘Robert, se não der certo, ao menos não te poderão engolir’”.
5. Concentre-se no objectivo Diz Parsons: “Lembre-se do velho ditado: como pensa, assim acontecerá’”.
6. Um dia de cada vez Não importa que a situação seja muito difícil, pois pode ultrapassar isso se não olhar muito longe para o futuro, e se concentrar no momento presente. Pode obter através de qualquer coisa um dia de cada vez.
7. Siga sempre em frente “Nunca deixe de investir. Nunca deixe de melhorar. Nunca deixe de fazer algo novo”, sugere o empresário. “Quando deixar de melhorar a sua empresa, ela começa a morrer”.
8. Seja rápido na decisão “Lembre-se do que disse o general George S. Patton (um dos principais generais dos Estados Unidos na II Guerra Mundial): “Um bom plano executado hoje com violência é bem melhor que um plano perfeito amanhã”.
9. Avalie a importância “Eu juro que isso é verdade: qualquer coisa que é medida e monitorada, melhora”.
10. Sem gestão, qualquer coisa se deteriora “Se quer descobrir problemas que não conhece, tire um tempo para olhar de perto as áreas que não tem examinado. Garanto que problemas estarão lá”.
11. Esteja atento aos seus concorrentes, mas mais atenção ao que está a fazer “Quando olha para seus concorrentes, lembre-se que tudo parece perfeito à distância”, afirma Parsons. “Se, no espaço, ficar longe o suficiente do planeta Terra, esta vai parecer um lugar calmo”.
12. Nunca deixe que alguém o intimide “Tem tanto direito a fazer o que está fazer quanto qualquer outra pessoa – desde que, é claro, o esteja a fazer está dentro da lei”.
13. Nunca espere que a vida seja justa
Simples e directo: “A vida não é justa”, diz o empresário. “É você que faz suas próprias apostas”.
14. Resolva os seus próprios problemas Ao adoptar suas próprias soluções, a pessoa desenvolve uma vantagem competitiva, acredita Bob Parsons. Masura Ibuka, o co-fundador da Sony, disse melhor: “Nunca vai ter sucesso nos negócios, na tecnologia ou em qualquer coisa seguindo os outros”. Parsons cita ainda um ditado asiático: “Um homem sábio aceita seu próprio conselho”.
15. Não se leve muito a sério Iluminar-se. Muitas vezes, pelo menos, metade do que nós realizamos é devido à sorte. Nenhum de nós está no controle, tanto quanto nós gostamos de pensar que somos.
16. Há sempre um motivo para sorrir “Encontre uma forma de estar bem”, sugere ele. “Afinal, tem muita sorte apenas de estar vivo. A vida é curta. E eu cada vez mais concordo com meu irmão mais novo: “Nós não estaremos aqui por um bom tempo, mas estamos aqui por um tempo bom!”
Patrick Cruz, iG São Paulo | 30/06/2011


domingo, 22 de setembro de 2013

Portugal e o euro: as profecias de António Borges em 2000

“Sem a participação no euro, há muito que Portugal estaria nos braços do FMI”.

“Vamos chegar a uma situação em que nos iremos deparar com o problema de como pagar o endividamento que temos contraído”.

 “Aproveitámos esta nova capacidade |estar no euro| e passámos para um nível de despesa muito acima daquilo que é nossa capacidade produtiva”.
António Borges in

Jornal de Negócios de 28 de dezembro de 2000

sábado, 21 de setembro de 2013

Lucros, inovação e custos



Não é só com a gestão e o controlo das despesas, o corte de custo fixos e a produção a baixo preço que se atingem os lucros. Sem inovação não se podem assegurar lucros.
Markus Langes-Swarovski

sexta-feira, 20 de setembro de 2013