sexta-feira, 28 de junho de 2013

“A cultura do curto prazo é a principal limitação para o sucesso”

Luís Portela, 63 anos, é, desde Janeiro de 2011, chairman da Bial, tendo passado as funções executivas para o filho, António Portela. Médico acabou por no fim dos anos 70 assumir a direcção da Bial, fundada pelo avô em 1927, e transformá-la numa farmacêutica com capacidade de fazer I&D tendo recentemente lançado o antiepiléptico Zebinix.


Uma das soluções para o equilíbrio económico-financeiro de Portugal passa pelo aumento das exportações, ou seja, pelas empresas. Considera que estas têm feito o sue papel?
O aumento das exportações de bens e serviços é muito importante para sustentar uma estratégia de crescimento para o país. Alguns sinais encorajadores têm vindo a público, tanto pelo ritmo de crescimento, como pela diversificação dos destinos, como pelo aumento, ainda que ligeiro, do conteúdo tecnológico das exportações.
O papel das empresas neste domínio é fulcral e tem havido uma clara reorientação da prioridade de algumas para a diversificação dos destinos dos seus produtos, de modo a minorar os efeitos dum menor dinamismo da procura interna e dos principais mercados de destino na Europa.
Esta aposta na internacionalização das empresas, incorporando maior valor nos produtos e serviços, é um caminho longo, com escolhos e dificuldades, mas absolutamente decisivo para um novo percurso desenvolvimentista para o  nosso país, pelo que tem de ser muito reforçada.
Mas, é um caminho que deve mobilizar o conjunto da sociedade, sendo um objectivo das empresas, que deve ser apoiado pelas universidades e pelos centros de investigação, bem como pela administração pública e pela diplomacia económica.

Quais são, no seu entender, as principais características comuns às melhores empresas portuguesas?
A cultura do curto prazo, de objectivos imediatos, é a principal limitação da acção para um percurso de sucesso. Vemos isso em todos os domínios da sociedade, do desporto aos negócios e às políticas públicas. Em contraponto, as empresas que melhor desenham uma visão de longo prazo, são aquelas que de forma mais consistente têm ganho capacidade competitiva, num mundo cada vez mais concorrencial.

Quais são os maiores obstáculos que se colocam à competitividade das empresas portuguesas?
Construir uma economia competitiva é um caminho sem fim. Num mundo concorrencial, as vantagens adquiridas podem ser perdidas a todo o momento, assim como as desvantagens podem ser superadas pela concretização dum projecto consistente.
Este desafio de superação permanente exige do lado das empresas e das lideranças atenção e dedicação, paixão e perseverança. Inovação e internacionalização são duas variáveis chave nas estratégias competitivas. Qualidade e mobilização dos recursos humanos, num ambiente estimulante à criatividade, mas rigoroso no desempenho individual, são outros desafios para a gestão empresarial.
Mas, também importa ter do lado do Estado regras claras, eficiência na acção, rapidez nas decisões, estimulo à inovação, ao conhecimento e ao espírito empreendedor, prioridade àqueles que concretizam boas práticas e respondem aos desafios e problemas com que a sociedade se confronta.


Com base na entrevista publicada no Jornal de Negócios de 4 de junho de 2013 e que também pode ser lida no site:

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Liberdade

A liberdade é o valor mais importante, vem logo depois do oxigénio para respirar.
Belmiro de Azevedo

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Amoralidade do capitalismo

É preciso perceber que o sistema capitalista é amoral, tem de produzir resultados. As pessoas é que podem ser morais ou imorais, mas o sistema tem de ser amoral.
Ricardo Espírito Santo Salgado


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Uma campanha de propaganda segundo Fernando Pessoa

Dedicámos à psicologia da propaganda a mais curiosa e atenta consideração, sem ser por outra razão, a princípio, que não fosse científica, de mero interesse intelectual, ligado, mais recente­mente, a uma série de publicações que tencionamos fazer, algu­mas relacionadas com a propaganda neste país.
O facto primordial da propaganda, e determinante essencial da sua eficácia, parece‑nos ser a sua indirecção, digamos assim. Na proporção em que a propaganda se torna mais óbvia, mais tendên­cia tem para trair os seus propósitos. Podereis dizer que esta ideia não é nova, e que uma descoberta equivalente na ciência ou na indústria dificilmente teria garantida uma patente, pela sua novi­dade. Todavia, uma vez que é persistentemente ignorada na prá­tica, não poderá ser tenazmente, ou claramente, defendida como teoria. Se um grande número de publicações da especialidade, dedicadas ao que se pode chamar a “propaganda de exportação” coordenasse as suas actividades e as diluísse com generalidades, conseguiriam resultados muito mais avantajados do que conse­guem individualmente. Pomo‑vos esta questão: suponde que, em vez dos suplementos de comércio, digamos, de The Times e The Manchester Guardian, estes dois jornais, ou cada um por si (a hipótese de coordenação é desnecessária) publicassem, em língua estrangeira, e para uso no exterior, edições como The Times Weekly Edition, contendo uma generalidade de notícias, um grande volume de artigos em todas as especialidades, e, em complemento, a propaganda especial pretendida, considerais que estes jornais teriam menos efeito do que têm as publicações da especialidade?
Um outro exemplo. Há pouco tempo, o Sr. Grant Richards(1), o editor, na sua secção de anúncios do Times Literary Supple­ment, em cartas para esse semanário, e para mais algum, insistiu fortemente na necessidade de uma propaganda através de livros. A ideia, supomos, não deu em nada, tal como todas essas ideias, pela sua falta de um princípio condutor fulcral, tal como o apa­rentemente pouco inovador que vos apresentamos, que nulifica, necessariamente — podemos quase dizer estultifica — a sua [espaço vazio]. Nunca adquirem momentum.
Se a propaganda britânica é menos eficientemente organizada do que a alemã e a americana, se uma proposta respeitante à propa­ganda terá muito mais probabilidade de ser aceite por uma orga­nização industrial alemã ou americana, podereis perguntar‑nos, com alguma justiça, por que razão vos escrevemos agora, e não a organizações correspondentes ou similares de um desses países. A essa dúvida possível adiantaremos uma resposta parcial, ainda que satisfatória. Esta resposta será, necessariamente, dada den­tro de maior confidencialidade do que a da restante carta.
A razão é em parte pessoal (e essa é a parte que poremos de lado), e é também política e nacional. Em publicações que pretendemos trazer à luz, propomos tornar a aliança Anglo‑Por­tuguesa a base da parte respeitante à “política internacional”; desde já declinamos quaisquer esperanças que se formem quanto a sermos capazes de alterar o curso da história ou …
Não somos a favor da invasão americana da Europa, ou do exercício (ou sua retoma) da influência alemã neste país, sendo que os resultados dessa influência na Espanha, que são enormes, já são maus que chegue, pelo menos no que diz respeito a Por­tugal. Em relação à América, não pensamos que haja alguma vantagem em que a doutrina Monroe(2) venha a ser abolida, na sua acção inversa; e estamos suficientemente vigilantes, à nossa modesta maneira, e não somos tão estúpidos que tenhamos de ler nas entrelinhas do plano subtil aflorado por Walter Rathenau na entrevista com o representante de Answers.
O facto de sabermos o que esse homem é, e o que ele fez na Guerra, e o que poderá vir a fazer, o conhecimento psicológico da mistura peculiarmente perigosa de um líder industrial e de um filósofo idealista …
Tal como se diz (com verdade) que todo o criminoso comete pelo menos um erro, assim também o mais cuidadoso dos diplomatas ao menos uma vez há‑de falar demasiado.
1. Franklin Thomas Grant Richards (1872‑1948) foi um grande editor britânico de autores como G. B. Shaw, G. K. Chesterton, Alfred Noyes, John Masefield, James Joyce, mas não se distinguiu pela sua capacidade de gestão, pois alguns dos seus empreendimentos faliram. Em 1917 começou a escrever sobre publicidade no Times Literary Supplement. Foi autor de Memories of a misspent youth.
2. Em 1823, as Américas estavam a ser abaladas por movimentos independentistas nas colónias europeias, e o então presidente dos Estados Unidos, James Monroe, enviou ao Congresso americano uma mensagem em que defendia as Américas para os americanos, considerando que o continente americano não podia ser recolonizado; era inadmissível a intervenção de qualquer país europeu nos negócios internos ou externos de países america­nos, e os Estados Unidos, em troca, abster‑se‑iam de intervir nos negócios pertinentes aos países europeus. Esta ficou para a história como a doutrina Monroe.
Nota
Este texto é constituído por quatro páginas de notas dactilografadas, com algumas emendas manuscritas, quase indecifráveis, escritas em inglês. Seriam notas para uma carta em que se propunha a criação de livros e publicações que ajudassem a propaganda anglo‑portuguesa a responder à propaganda alemã e norte‑americana. Apesar do seu carácter fragmentário faz uma reflexão interessante sobre os vários modelos de propaganda.



Publicado em Filipe S. Fernandes, Organizem-se- A Gestão Segundo Fernando Pessoa, Oficina do Livro, 2007

domingo, 23 de junho de 2013

Design segundo Steve Jobs

O design é uma palavra engraçada. Há pessoas que pensam que o design é apenas uma questão de aparência. Mas, se aprofundarmos a questão, o design é o como funciona.

O design é a alma fundamental da criação humana.

Steve Jobs

sábado, 22 de junho de 2013

Fazer o que se gosta e equidade

É importante as pessoas estarem envolvidas em projectos de que gostem, que as entusiasmem e lhes dêem prazer concretizar. Quando gostamos do que fazemos, fazemo-lo com motivação e empenho acrescidos, estamos naturalmente envolvidos com o trabalho. Tentar que isso aconteça dentro da organização é desejável, obviamente.
Outra questão que me preocupa é a de manter a temática da equidade entre as pessoas. É um tema algo complexo, muitas vezes com interpretações ou aplicações um pouco enviesadas, mas deve ser tratado com clareza e frontalidade.

Nuno Macedo Silva

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A organização segundo Fernando Pessoa

Texto base da TEDx proferida na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em Setembro de 2012


O poeta brasileiro, Ferreira Gullar, costuma chamar-lhe “Fernando Pessoas”. É uma forma de incluir no seu nome os inumeráveis heterónimos que gerou tais como Álvaro de Campos, Bernardo Soares, Ricardo Reis, e a diversidade de textos que escreveu como O Livro do Desassossego, O Banqueiro Anarquista, A Mensagem, a Tabacaria. E se hoje é um dos gigantes da literatura de língua portuguesa e um dos cânones da literatura universal a sua curiosidade e reflexão espalharam-se para além do domínio literário, propagaram-se pela filosofia, o esoterismo, a economia. Preocupou-se com o que definia como “quotidiano e tributável”. Estudou numa escola comercial na África do Sul e isso marcou muito do que fez profissionalmente. Trabalhou em muitos escritórios da baixa lisboeta como correspondente estrangeiro em casas comerciais, que, juntamente com a função de tradutor, acabaram por ser as suas profissões principais. Foi sempre um profissional liberal pois como escreveu “odeio todo o trabalho imposto
Publicitário
Uma das suas actividades profissionais mais conhecidas é a sua prática publicitária como este anúncio para a Coca-Cola publicado pelo Diário de Lisboa em 1927 e que diz “O refresco americano Coca-Cola: No primeiro dia: Estranha-se No quinto dia: Entranha-se”. Curiosamente, a frase que ficou para a história foi a escrita pelo Ricardo Jorge, director-geral da Saúde, então no âmbito do Ministério do Interior, a 23 de dezembro de 1927 em que explicava as razões para a proibição: “Nos anúncios com que se fez nos periódicos propaganda da Coca-Cola, dizia-se: 'A princípio estranha-se, mas depois entranha-se.' Um convite ao vício ou uma especulação com o vício.”
Lúdico
Este indisciplinador intelectual tinha uma grande vontade empreendedora pois teve uma gráfica, uma editora de livros, fez revistas, criou várias empresas de comissões, foi inventor. Estes seus interesses tinham como objectivo, como ele dizia, “organizar em perfeito paralelismo a minha vida prática e a minha vida especulativa, de modo a que a primeira nunca possa prejudicar a segunda, à qual está, por um dever mais alto, subordinada”.
Como dizia Richard Zenith, nos negócios interessavam-lhe mais pelo aspecto lúdico do que pelo lucro mas era sempre empenhado. Numa carta à namorada Ofélia de 11 de Junho de 1920 queixa-se: “querem, em, geral, que eu faça tudo – que eu, além de ter as ideias e indicar a maneira de as organizar, me ocupe também de arranjar os capitais e de fazer quanto mais for preciso para por a empresa em marcha”.
Podemos dizer a partir das suas ideias económicas que Fernando Pessoa tinha um concepção liberal da economia defendendo a concorrência e o mercado. O seu programa de desenvolvimento para Portugal assentava na industrialização, nas exportações e na organização.
Aliás tem num manuscrito uma frase lapidar sobre as empresas e estas “existem para um fim comercial, de lucro; não para um fim moral ou filantrópico”, que soa a Milton Friedman…
Industrialização
Em 1919 publicou num jornal sidonista em que participava na gestão, A Acção, um texto intitulado Como Organizar Portugal em que surgia como defensor da industrialização, um pouco contra as ideias dominantes mais agrárias e comerciais, mas numa época em que se deu um surto de industrialização.
Dizia que “Como se trata de um país atrasado, e todos os países atrasados são predominantemente agrícolas, é evidente que a única transformação profissional a fazer, e que preenche todas as condições exigidas, é a industrialização sistemática do país. Educação simultaneamente da inteligência e da vontade, transformador ao mesmo tempo da mentalidade geral e do atraso material do país, o industrialismo sistemático, sistematicamente aplicado, é o remédio para as decadências de atraso, é, portanto, o remédio para o mal de Portugal”. No seu espólio encontra-se um texto incompleto sobre a política industrial.
Estado
Apesar disso, tinha uma grande desconfiança em relação ao Estado:
“Economicamente o Estado é um mito. O Estado administra sempre mal. O Estado drena a energia particular
De todas as coisas “organizadas”, é o Estado, em qualquer parte ou época, a mais mal organizada de todas. E a razão é evidente”
Porque para Pessoa a administração de Estado não deveria passar da “da estrita actividade fiscal e tributária que só ao Estado compete, porque só ao Estado pode competir” mas o Estado deveria evitar a administração de comércios ou indústrias.
Exportações
Além do que escreveu, por exemplo, na Revista de Comércio e Contabilidade, são inúmeros os textos, os relatórios, as notas e os apontamentos existentes no espólio sobre o tema do comércio de importações e exportações, o que também tem a ver com a sua ligação profissional a este universo. E esta preocupação era tão mais vincada pelo facto de considerar que
A exportação portuguesa é, em relação ao que poderia ser ou tornarse, pequena, mal orientada, e mal coordenada. Nem há concorrência interna, o que significaria actividade intensa entre os exportadores individuais, nem cooperação nacional entre eles”. E ainda hoje o peso das exportações no PIB é baixo, cerca de 34% contra 80% na Bélgica ou 90% na Irlanda.
Os seus textos sobre esta temática têm a particula­ridade de serem tanto sobre projectos de organização empresarial virados para os mercados externos, em que muitas vezes chegam à minúcia da organização por depar­tamentos, como reflexões sobre o serviço a prestar aos clientes, o marketing e do próprio packing. Desce ao detalhe de mencionar “o aperfeiçoamento das embalagens”, passando pela ideia de que a empresa exportadora devia comercializar os seus produtos “sob marcas próprias”. De facto, nesta época, as exportações portu­guesas eram sobretudo de produtos alimentares, nomeadamen­te vinhos correntes e vinho do Porto, com a agravante de serem vendidos a granel, ou seja, as exportações nacionais tinham um baixo teor de transformação industrial, com muito pouco valor acrescentado.
Por exemplo, “A essência do comércio” é quase uma aula moderna de marketing com a sua insistência do “foco no cliente”. “Um comerciante, qualquer que seja, não é mais que um servidor do público, ou de um público (…) Ora toda a gente que serve, deve, parecenos, agradar a quem serve. Para isso é preciso estudar a quem se serve (…) temos que ver é como eles efectivamente pensam, e não como é que nos seria agradável ou conveniente que eles pensassem”.
Num dos textos “Bases para a formação de uma empresa de produtos portugueses”, imagina uma empresa que funcionasse como um agrupamento de várias empresas com o objectivo de ter capacidade de exportação e de implantação nos mercados internacionais, as empresas estabelecer-se-iam “gradualmente no estrangeiro, e começando pelas principais cidades, lojas para a venda directa ao público de produtos portugueses”.
Organização
Pessoa reflecte, aliás fá‑lo com alguma minúcia, sobre os preceitos prá­ticos da boa gestão e da excelência empresarial e o cerne da sua preocupação é a organização, o que não deixa de ser interessante porque é hoje provavelmente uma das principais causas para as nossas dificuldades, a tão decantada competitividade do país.
Para Fernando Pessoa a organização era mais do que um processo tecnológico e um conjunto de procedimentos. A sua visão ia para o que hoje chamamos gestão. Como dizia Fernando Pessoa “a organização é, por sua natureza, um fenómeno intelectual, um trabalho de inteligência. A referida “indústria de organiza­ção” é, portanto, uma indústria intelectual”, que podemos supor que seria a consultoria e na época em que escrevia estas palavras era fundada nos Estados Unidos a McKinsey, a consultora de estratégia mais relevante.
E noutro texto diz “organizar é, essencialmente, um fenómeno intelectual. Há muitas coisas que se executam por palpite, imensas que se fazem empiricamente, pelo hábito e a experiência. Mas a organização estável, ou seja a organização propriamente dita, é um trabalho de inteligência”.
No texto processo de organização escreveu que “sistemas, processos, móveis, máquinas, aparelhos são — como todas as coisas mecânicas e materiais — elementos puramente auxiliares. O verdadeiro processo é pensar; a máquina fundamental é a inteligência…”
O texto como se organiza uma trading: “nós, os portugueses, não temos uma tradição comercial; não somos, portanto, naturalmente e instintivamente comerciantes. Sendo assim, temos de compensar essa deficiência com uma apli­cação da inteligência — com a organização, portanto
Conclusão
Se alguma lição de actualidade se pode retirar destes textos de Pessoa é a sua insistência na inteligência (que é educação, que é formação, que é discernimento, que é ciência, que é subir na cadeia de valor, que é…) como principal recurso estratégico para o nosso desenvolvimento.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Os CEO do PSI-20 à lupa

O meu artigo sobre a a elite das empresas portuguesas.
Para ler
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/premio_excellens_oeconomia/detalhe/os_ceo_do_psi_20_a_lupa.html

Mafia e negócios

A Mafia deve ser considerada como uma criminalidade organizada que procura infiltra-se cada vez mais nos gânglios do poder, da economia, da administração pública, do sistema financeiro e produtivo. Portanto, não há dúvida de tudo aquilo que ajude à transparência, à simplificação da burocracia, impede também os acordos subterrâneos, as infiltrações nos “negócios” que constituem o verdadeiro poder da Mafia. Porque é preciso não esquecer que o principal fim da Mafia é o lucro. E procura-o atingir de qualquer modo. E é preciso sublinhar que a utilização dos lucros na actividade lícita perturba a economia mundial criando uma concorrência desleal, que distorce o mercado.

Pietro Grasso, juiz anti-Mafia e actual presidente do Senado de Itália

domingo, 16 de junho de 2013

Três categorias de homens

Os homens dividem‑se, na vida prática, em três categorias — os que nasceram para mandar, os que nasceram para obedecer, e os que não nasceram nem para uma coisa nem para outra. Estes últimos julgam sempre que nasceram para mandar; julgam‑no mesmo mais frequentemente que os que efectivamente nasceram para o mando.

Fernando Pessoa

sábado, 15 de junho de 2013

Para vencer

Para vencer — material ou imaterialmente — três coisas defi­níveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama de sorte.
Não é o trabalho, mas o saber trabalhar que é o segredo do êxito no trabalho; saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até ao fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada.
Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá‑las.
Criar relações tem dois sentidos — um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido directo. Na vida mental significa criar cultura. A histó­ria não regista um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples “vontade” vivem só os pequenos comerciantes; da simples “inspiração” vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Erro de empregado

É do pior gosto, e do pior efeito, desculpar‑se um chefe com “um erro dum empregado”. Não há erro de empregados. Todo o erro dum empregado é apenas o erro de ter empregados que fazem erros.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Profissionais multitarefa

Slasher não se refere só a um tipo de filmes de terror, foi também o termo usado por Marci Alboher em 2007 no livro One Person/Multiple Careers para descrever o traço no título profissional como por exemplo, jornalista/web editor/RP, e que se passoua aplicar às carrieras de portefólio. Os slashers ou profissionais multitarefa podem definir-se como as pessoas que têm uma carreira profissional com vários empregadores ao mesmo tempo. Como explica Paco Muro, da consultora espanhola Otto Walter España, não se trata de trabalhadores com pluriactividade mas de “empregar o tempo de trabalho em vários empregos compatíveis e independentes. Cada empresa sabe que trabalha com os outros e não os afecta no funcionamento nem usa recursos para terceiros. E as empresas estão encantadas porque têm um especialista fixo a tempo parcial, que tem as suas necessidades económicas e vitais cobertas graças ao conjunto de trabalhos que exerce, pelo que tem segurança e continuidade” (El Mundo, 31-3-2013).
Nesta forma de actividade tem-se vários chefes, mas não se depende de nenhum, o salário provém de vários sítios e tem-se várias tarefas sem ter de sair da sua área de actividade e especialização. Neste modelo de funcionamento é fundamental a organização pessoal e a fiabilidade. Para Krista Walochik da Norman Broadbent, são as denominadas portefólio de carreiras, que de alguma forma implica “identidades profissionais múltiplas”.
Saber mais

terça-feira, 11 de junho de 2013

Lifting para o currículo

Cerca de 30% das pessoas que fazem cirurgia estética justificam-na com razões profissionais, segundo um inquérito da Sociedade Catalã de Cirurgia Plástica Reparadora e Estética, só superada pela vontade e satisfação pessoal, enquanto 13% refere que o fazem pelas relações íntimas e 5% pelas relações sociais. O ambiente laboral é para 22% dos pacientes o que os incentivou a fazer a operação, uma influência superior às dos familiares e amigos (17%).

O principal argumento é que as cirurgias plásticas aumentam a auto-estima e a projecção pessoal, o que é crucial nas entrevistas. No caso dos homens, 20% dizem que é para rejuvenescer e alargar o tempo de vida laboral. O poder do atractivo físico pode ter um papel determinante na obtenção e na manutenção de um emprego. Mas também pode ser uma mentira piedosa para justificar o lifting, dando-lhe uma aura mais pragmática do que estética.
Para saber mais:

El Pais – S Moda de 6 de abril de 2013

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Empreendedores, os de sobrevivência e os de tecnologia

Ao sobrevoar e reflectir sobre alguns lugares comuns e ideias feitas sobre os empreendedores e o empreendedorismo e, quando digo lugares comuns e ideias feitas, não quer dizer que sejam meramente retóricas. Não, têm consequências mas a realidade é mais complexa e mais interessante se olharmos para além dos lugares comuns. “Falido, estagnado e arcaico, Portugal precisa que o levem à força e à má cara para o mundo real, que os portugueses detestam. Os valores de uma cultura camponesa pobre, como a nossa, são a segurança e a rotina. Nada mais contrário ao que nos propõem: a iniciativa, a competição, o risco”. Isto escreveu ainda recentemente, com a irritação habitual, Vasco Pulido Valente e acredito que num primeiro momento concordamos com este diagnóstico sintético e que parece devastador na sua certeza. Mas, de facto, há factores em desenvolvimento, nomeadamente no campo do empreendedorismo, que relativizam este diagnóstico e que mostram a emergência de uma nova realidade. Não é seguramente de um súbito novo Portugal que se trata, é simplesmente um outro Portugal mais empreendedor e inovador que surge e que coexistirá com todos os outros, mas que no futuro tenderá a ter um maior protagonismo.

A prevalência do empreendedorismo de sobrevivência
Há a ideia feita de que Portugal tem falta de espírito empreendedor, e que Belmiro de Azevedo detecta, por exemplo, no facto de que quando dois colegas se encontram e querem saber das carreiras profissionais, perguntarem “Onde estás?” em vez de “O que fazes?”. Os inquéritos à nossa capacidade empreendedora não nos dão boas classificações nos rankings, mas vale a pena olhar para os factos de outra forma e talvez possamos verificar que há espírito empreendedor e há dinamismo empresarial.
No primeiro caso, segundo um relatório feito no âmbito no novo quadro comunitário de apoio, desde os anos 80 que se criam mais de 20 mil empresas por ano. (Manuel Mira Godinho e Vítor Corado Simões, “I&D, Inovação e Empreendedorismo 2007-2013-Relatório Final”, Estudo para o Observatório do QCA III). O sinal de dinamismo da economia norte-americana é dado, pelo facto de 19 das 25 maiores empresas não existiam há quatro décadas atrás. Mas em Portugal apenas 8 das 20 maiores empresas em 1988 se mantiveram no ranking de 2008. Portanto há dinamismo empresarial e espírito empreendedor. O problema português não está portanto no número de novas empresas criadas mas, como refere o relatório do QCA, no facto de “a esmagadora maioria das novas empresas é de muita pequena dimensão com baixa intensidade em conhecimento e sem perspectivas de elevados ritmos de crescimento”. Portanto a questão está no facto de ser um empreendedorismo de sobrevivência e não de afirmação empresarial. E destes “criadores de futuro” como Schumpeter chamou aos empreendedores que necessitamos.

Para além do empreendedorismo de cafés e tabacarias
Um segundo aspecto tem a ver com a dinâmica de inovação empreendedora que como em muitas outras estruturas económicas e sociais mostra uma sociedade portuguesa dual, e em que ao lado desta massa informe de projectos empresariais de cafés e tabacarias sem esperança e futuro, existe já uma rede de empresas inovadoras e metanacionais. Claro que ainda está longe dos objectivos que seriam a criação de 3 mil novas empresas por ano com características de elevado potencial de crescimento e elevada intensidade cognitiva em sectores industriais de média-alta e alta intensidade tecnológica e nos serviços intensivos em conhecimento. E um recente estudo da rede de inovação COTEC (Gustavo Cardoso, Vítor Roldão, Rita Espanha, Pedro Puga e David Castro, “Empreendorismo e Inovação nas PME'S em Portugal: a Rede PME Inovação COTEC”, Lisbon Internet and Networks Intl. Research Programme, 2008) mostra de facto um mundo, pequeno, mas um mundo diferente de empreendedores inovadores e baseados no conhecimento.
É uma geração jovens adultos que quando criou a empresa tinha em média 30,5 anos, é de elevada qualificação com 26,7% com uma habilitação ao nível do mestrado ou doutoramento e 75% já tinha experiência profissional pois trabalhava por conta de outrem (75%). As razões que os levaram a criar uma empresa estão relacionadas a realização pessoal, que é quase consensual nos inquiridos, as potencialidades das novas tecnologias (46,7%), e o aproveitamento de uma oportunidade de negócio (43,3%). E para a primeira empresa, 3 em cada 4 pessoas (70%) arriscou colocar os seus próprios capitais no momento de criar a sua empresa.
“Para trabalhar comigo quero os meus pares”, e portanto, no que toca ao nível de escolaridade dos trabalhadores, o grau de habilitações da maioria corresponde ao ensino superior. “Inovar é surfar a crista da onda” é onde a competição é sempre elevada, e de facto, dos empreendedores inquiridos, 63% consideraram que a sua empresa enfrenta uma pressão competitiva alta. A maioria das empresas tem actuação elevada em mercados estrangeiros. Cerca de 86,7% das empresas da Rede PME Inovação actuam simultaneamente no mercado nacional e estrangeiro, tendo pelo menos um cliente fora de Portugal.
Ao nível das vantagens competitivas, quase todas as empresas (93,3%) consideram que as suas vantagens derivam de um produto ou serviço prestado especializado. Quatro em cada cinco empresas (80%) vai mais longe, ao afirmar que a diferenciação tecnológica é também uma vantagem competitiva. A mesma proporção confia na qualidade como factor distintivo das empresas concorrentes. Mais de metade das empresas (63,3%) apresentam vantagens de flexibilidade e rápida adaptação.
A capacidade de inovação é ainda mais visível quando se tem em conta o registo de patentes pelas empresas. Ao nível das patentes associadas a ideias inovadoras (design, processos, produtos), um pouco mais de metade das empresas afirma já ter registado pelo menos uma patente desde a sua criação.
Portanto há empreendedorismo e existe inovação nas áreas tecnológicas. Claro que estamos longe do desejável, até porque há uma outra ideia feita, a terceira no meu inventário.

O mito da inovação como invenção e tecnologia.
As tecnologias de informação foram, como diz Paul Krugman, fundamentais para criar um novo paradigma e criar novas oportunidades porque o empreendedor é sempre alguém que voga contra a concorrente e as novas tecnologias abriram oportunidades em todos os sectores. Mas como diz Filipe Santos, professor de empreendedorismo no INSEAD, “a inovação é um processo de recombinação. Recombinando ideias e processos oriundos de diferentes áreas, o inovador consegue desenvolver uma solução mais económica e eficaz para os problemas dos consumidores. Inovar com base em tecnologias ainda em desenvolvimento pode ter grande potencial, mas o risco de falhanço é muito elevado pois as novas tecnologias normalmente demoram mais de dez anos a permitir aplicações comerciais. Aliás, as aplicações comerciais mais indicadas para novas tecnologias são muito difíceis de prever”. Como escreveu Fernando Pessoa, “sistemas, processos, móveis, máquinas, aparelhos são — como todas as coisas mecânicas e materiais — elementos puramente auxiliares. O verdadeiro processo é pensar; a máquina fundamental é a inteligência…”. Aliás tomo como conceito de inovação o que Lafley, CEO da Procter & Gamble, utiliza e que pode incluir não só produtos, tecnologias e serviços mas também modelos de negócio, cadeias de aprovisionamento, reduções de custos, além das inovações disruptivas.

Estas ideias feitas dificultam mas não são insuperáveis. Mais difíceis são os obstáculos “obstinados” como lhes chamo porque tem sido complicado removê-los ou mudá-los ao longo da nossa história recente.

Futuro

O futuro interessame porque é o lugar onde vamos viver.

Miguel Peixoto de Oliveira

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Reindustrializar ou redesenvolver... a revolução necessária

Rendustrializar é uma mensagem pouco interessante. Sugere um regresso ao passado. Há aqui o perigo de se querer fazer tudo, ou uma tentativa de responder à disseminação do outsourcing internacional, uma atracção pelo low-cost. Um regresso ao passado faz pouco sentido. Por isso eu prefiro o redesenvolvimento à reindustrialização. Não nos podemos deixar prender a uma indústria limitada à manipulação de máquinas. Temos de seguir a lógica da cadeia de abastecimento. O valor não está na transformação. Transformar qualquer um transforma hoje em dia.

Augusto Mateus, Economista, ex-ministro da Economia de António Guterres num depoimento ao jornal Público

O deve e o como

É mais importante fazer a coisa que deve ser feita do que fazer as coisas como devem ser feitas

Peter Drucker

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mais dez mil empresas como as melhores

"Hoje temos pouca indústria, muito pouca indústria com serviços e tecnologia incorporados. O futuro passa por aí. Sectores tradicionais têm um potencial de crescimento de 1, 2 ou 3% ao ano e mais pelo valor do que pela quantidade.

Temos insuficiências. Baixas qualificações, ligações precárias entre a investigação e a aplicação, não sabemos desenhar os sistemas de incentivos. Não conseguimos fechar o círculo. Será um problema de cultura? Certo é que há falta de novas empresas na área das novas tecnologias. Por isso acho que é importante atrair investimento estrangeiro. Não temos uma classe empresarial, em termos de massa crítica, suficiente para induzir um crescimento significativo. Precisávamos de mais dez mil empresas como as melhores que já temos".
Alberto Castro, professor da Universidade Católica do Porto num inquérito feito pelo jornal Público sobre a reindustrialização de Portugal

Convite

Convido-vos a vir conhecer o meu recente livro.



segunda-feira, 3 de junho de 2013

EUA: As 10 marcas que vão desaparecer em 2014

O site http://247wallst.com/ publica todos os anos a lista das marcas que podem desaparecer no ano seguinte no artigo Ten Brands That Will Disappear in 2014Recentemente fez a listas das marcas que desaparecerão do mercado dos Estados Unidos em 2014. No artigo refere-se que esta este ano a lista reflecte  a competitividade intensa que afecta grande parte das indústrias e a importância de não descurar a eficiência, a inovação e o financiamento. Os principais critérios para elaborar a lista são o declínio das vendas e os prejuízos, possibilidade de a empresa abandonar o negócio, aumento de custos que não poderão ser repercutidos, as empresas podem ser vendidas, estar à beira da falência, perda de grande parte dos clientes e ameaças de rivais com capacidade para devorar quotas de mercado. No entanto, como dizia alguém, o problema das previsões é que elas podem falhar.
Este ano a lista é composta por 1. J.C. Penney; 2. Nook; 3. Martha Stewart Living Magazine; 4. LivingSocial, 5. Volvo 6. Olympus 7. WNBA; 8. Leap Wireless; 9. Mitsubishi Motors; 10. Road & Track.
Para ler: Ten Brands That Will Disappear in 2014 - 24/7 Wall St. http://247wallst.com/2013/05/23/ten-brands-that-will-disappear-in-2014/#ixzz2VBB7yszF

Gestor: aprendiz de tudo, mestre de nada

Richard Barker, que foi director de MBA da Cambridge University, definiu o gestor como “pau para toda a obra” ou, seguindo o ditado espanhol, “aprendiz de tudo, mestre de nada”, referindo que a função do “gestor é geral, variável e indefinível”. O gestor António Horta Osório diz numa carta a um jovem gestor que “a gestão não é uma ciência, nem uma arte, é um exercício inteligente e sensato de tomadas de decisão, sempre com informação incompleta (ao contrário dos exames na universidade), que terás de fazer ao percorrer o teu próprio caminho, e em que chegarás mais longe se te esforçares mais e se estiveres sempre mais bem preparado”.

Rui Vilar elaborou para as aulas de gestão a seguinte definição: “organização, condução e controlo do processo combinatório de um dado conjunto de meios (humanos, físicos, financeiros e intangíveis) para produzir bens ou serviços, de acordo com certos objectivos e visando determinados fins, num enquadramento evolutivo e mutável”. Mas como diz Belmiro de Azevedo, “a gestão nada tem de misterioso. É uma arte simples, que se reduz a bom senso, mais, boa formação, mais, boa informação. Mas, sobretudo, o que conta é o bom senso”.

Muitas destas citações, provérbios, expressões obedecem ao primado da experiência e surgem como reflexões práticas da gestão e da administração das empresas e das organizações. O seu principal valor é pois o do exemplo. Mas também emergem como expressões conceptuais que têm a sua origem no crescente caudal de conhecimentos das disciplinas científicas da gestão. Por outro lado, pressente se a ideia do “empresário como factor de produção”, que se reuniria aos comuns factores de produção do capital e do trabalho. E muitas delas andam em volta da canónica definição de gestor da Shell, em que as qualidades exigidas eram o poder de análise, imaginação, sentido da realidade, visão de helicóptero e liderança.
Para Gary Hamel, “o sistema de gestão – que abrange uma variedade de análises, orçamentação do capital, gestão de projectos, compensações por desempenho, planeamento estratégico e outros temas – entra na classe das grandes invenções da humanidade – ao mesmo nível do fogo, da escrita e da democracia”. Mas neste conjunto de citações entrase mais no corpo do gestor e do empresário do que na arte e ciência da gestão e traduzse também a forma como as condições de exercício da gestão têm mudado significativamente nos últimos anos.


Como explicava recentemente o empresário Alexandre Soares dos Santos, “o que se exige hoje a um administrador não é comparável ao que se exigia há 25 anos. Um quadro sénior tem de trabalhar sete dias por semana, ter sempre o telemóvel ligado e, se houver um problema, tem de se meter num avião. A globalização implica ir a todos os lados do globo, a sítios onde os turistas não põem os pés, para comprar os melhores produtos”.

domingo, 2 de junho de 2013

Peritos e empresários


Não tenho nenhuma confiança nas decisões dos políticos ou dos especialistas em planeamento quando procuram identificar o que os empresários devem fazer ou quais devem ser as prioridades sectoriais. As economias mudam e muito depressa, não ficam à espera do tempo de reflexão dos peritos e menos ainda ficam presas à satisfação dos interesses que se formaram em fases anteriores da evolução da economia. As apostas estratégicas são feitas por quem tem talento empresarial e o que conta é que os centros de racionalidade empresarial possam ter uma localização nacional, possam definir as condições em que se faz a aplicação de capitais.

Jose Manuel de Mello

sábado, 1 de junho de 2013

Negócios e diversão

As ideias criativas florescem melhor num lugar que preserva o espírito de divertimento. Ninguém está nos negócios por diversão, mas isto não significa que não possa haver diversão nos negócios.
Leo Burnett, publicitário
Não é que eu queira o dinheiro por si mesmo. Trabalho mais pela diversão em ganhá-lo e vê-lo crescer.

Warren Buffet, empresário